Os números apresentados no relatório refletem uma realidade preocupante, onde cerca de 2.900 bilionários enriquecem em média US$ 2 milhões por dia, enquanto os dez mais ricos chegam a enriquecer em média US$ 100 milhões diariamente. Essa discrepância é ainda mais chocante quando comparada com a realidade da maioria da população mundial, especialmente os 44% mais pobres, que vivem com menos de US$ 6,85 por dia.
No Brasil, a situação não é diferente, como destacou Viviana Santiago, diretora executiva da Oxfam Brasil. Ela ressaltou a complexidade da desigualdade no país, onde milhões de pessoas vivem em situação de extrema pobreza, enquanto um seleto grupo acumula fortunas bilionárias. Durante a pandemia, apesar do cenário de crise econômica e social, surgiram novos bilionários no país, agravando ainda mais a divisão de riqueza.
Para tentar reverter esse cenário desigual, a Oxfam propõe uma série de medidas, incluindo a redução radical da desigualdade, a reparação das feridas do colonialismo, o fim dos sistemas de colonialismo moderno, a tributação dos mais ricos e a promoção da cooperação e solidariedade Sul-Sul. Essas propostas visam não apenas combater a concentração de riqueza, mas também promover um desenvolvimento mais equitativo e sustentável em âmbito global.
Diante desse contexto preocupante, é essencial que governos, instituições e a sociedade como um todo se engajem em ações concretas para combater a desigualdade e promover uma distribuição mais justa e equitativa da riqueza. A mudança é possível e necessária, como afirmou Viviana Santiago, para garantir um mundo mais justo e solidário para todos.