BRASIL – Novo relatório da Oxfam aponta aumento da concentração de renda em 2024, com surgimento de mais bilionários no mundo.

Em um relatório recente divulgado pela renomada organização não governamental internacional Oxfam, foram apresentados dados alarmantes sobre a crescente concentração de renda ao redor do mundo. Segundo o relatório, em 2024, o ritmo de concentração de riqueza atingiu um novo pico, com o surgimento de 204 novos bilionários no planeta. Este aumento na concentração de renda foi acompanhado por um acelerado ritmo de enriquecimento dos super-ricos, que chegaram a aumentar sua fortuna três vezes mais rápido do que no ano anterior.

Os números apresentados no relatório refletem uma realidade preocupante, onde cerca de 2.900 bilionários enriquecem em média US$ 2 milhões por dia, enquanto os dez mais ricos chegam a enriquecer em média US$ 100 milhões diariamente. Essa discrepância é ainda mais chocante quando comparada com a realidade da maioria da população mundial, especialmente os 44% mais pobres, que vivem com menos de US$ 6,85 por dia.

No Brasil, a situação não é diferente, como destacou Viviana Santiago, diretora executiva da Oxfam Brasil. Ela ressaltou a complexidade da desigualdade no país, onde milhões de pessoas vivem em situação de extrema pobreza, enquanto um seleto grupo acumula fortunas bilionárias. Durante a pandemia, apesar do cenário de crise econômica e social, surgiram novos bilionários no país, agravando ainda mais a divisão de riqueza.

Para tentar reverter esse cenário desigual, a Oxfam propõe uma série de medidas, incluindo a redução radical da desigualdade, a reparação das feridas do colonialismo, o fim dos sistemas de colonialismo moderno, a tributação dos mais ricos e a promoção da cooperação e solidariedade Sul-Sul. Essas propostas visam não apenas combater a concentração de riqueza, mas também promover um desenvolvimento mais equitativo e sustentável em âmbito global.

Diante desse contexto preocupante, é essencial que governos, instituições e a sociedade como um todo se engajem em ações concretas para combater a desigualdade e promover uma distribuição mais justa e equitativa da riqueza. A mudança é possível e necessária, como afirmou Viviana Santiago, para garantir um mundo mais justo e solidário para todos.

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