BRASIL – Donald Trump promete “era de ouro” em discurso de posse no Capitólio, mas analistas alertam para fim da liderança dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso fervoroso de posse no Capitólio, em Washington, nesta segunda-feira (20), destacando a grandiosidade de seu país e proclamando o início de uma “era de ouro”. Com palavras confiantes, Trump afirmou que os Estados Unidos estão prontos para retomar a posição de nação mais respeitada e poderosa do mundo, ressaltando a habilidade do povo norte-americano em superar desafios aparentemente impossíveis.

Entretanto, especialistas apontam que as palavras grandiosas de Trump podem contrastar com a realidade atual do país. Rafael Cortez, cientista político, destaca que o estilo verborrágico de Trump é marcado pelo exagero e busca consolidar uma imagem de liderança vitoriosa. Contudo, análises mostram uma diminuição da influência dos Estados Unidos em diversos aspectos, como na resolução de conflitos internacionais.

Para Antonio Jorge Rocha, professor de Relações Internacionais, a retórica de Trump sobre uma era de ouro dos Estados Unidos pode não se concretizar, resultando, na verdade, em um enfraquecimento da liderança americana. Ele ressalta que as políticas protecionistas e a ênfase na indústria petrolífera podem não ser adequadas para a economia contemporânea, marcada pela predominância de serviços e finanças.

Rocha também aponta que as políticas de Trump, como o estímulo à indústria petrolífera, podem ter impactos inesperados, como um aumento da pressão inflacionária. Além disso, a postura do presidente americano em relação à Venezuela e às deportações de imigrantes brasileiros irregulares pode afetar diretamente o Brasil.

Diante dessas análises, fica evidente que o discurso grandioso de Trump na posse contrasta com as tendências e desafios atuais enfrentados pelos Estados Unidos. A incerteza em relação aos resultados das políticas propostas pelo presidente americano gera questionamentos sobre sua eficácia em um contexto geopolítico e econômico cada vez mais complexo e interconectado.

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