Segundo informações da Coordenação-Geral da Inteligência da Previdência Social (CGINP), esses valores consideram os possíveis pagamentos que seriam feitos a supostos beneficiários caso não houvesse a atuação da força-tarefa no combate a esquemas criminosos. No total, foram cumpridos 344 mandados judiciais, resultando em 99 prisões, incluindo servidores públicos, e um afastamento de função pública, além de 277 mandados de busca e apreensão. As ações também resultaram em 33 prisões em flagrante.
A CGINP estima que, sem a atuação da força-tarefa, os pagamentos indevidos de benefícios fraudados teriam chegado a R$ 393,8 bilhões. Para o próximo ano, a coordenação está investindo na qualificação dos servidores para identificação de fraudes através de crimes cibernéticos, que envolvem novas tecnologias.
No ano passado, a CGINP iniciou 80 novas análises de casos de fraudes e concluiu 79, que foram encaminhados para investigação da Força-Tarefa Previdenciária. Com base nos relatórios enviados, a Polícia Federal instaurou 46 inquéritos relacionados a fraudes previdenciárias estruturadas.
Destaca-se que a maior ação conjunta foi a Operação Mercado de Dados, que resultou em 18 prisões preventivas e 29 mandados de busca e apreensão em 24 cidades brasileiras. Essa operação desarticulou três organizações criminosas que estavam contratando irregularmente empréstimos consignados a beneficiários do INSS, obtendo cerca de R$ 32,8 milhões de forma ilegal.
A CGINP ressaltou que, apesar da Operação Mercado de Dados não ter causado prejuízos diretos aos cofres públicos, as instituições financeiras foram impactadas. Todo esse trabalho conjunto demonstra o comprometimento das instituições na proteção do patrimônio da Previdência Social contra fraudes e crimes cibernéticos.