A maior parte das áreas queimadas, cerca de 73%, foi composta por vegetação nativa, principalmente formações florestais. Esse aumento significativo está diretamente relacionado a um longo período de seca enfrentado pelo país devido ao fenômeno El Niño, que ocorreu entre 2023 e 2024. Esse cenário traz à tona a urgência de ações coordenadas e engajamento em todos os níveis para conter uma crise ambiental exacerbada por condições climáticas extremas, mas desencadeada pela ação humana.
O estado mais afetado pelo fogo foi o Pará, seguido por Mato Grosso e Tocantins. Somente no mês de dezembro, o Brasil teve uma área queimada equivalente a um território um pouco menor que o Líbano, totalizando 1,1 milhão de hectares em chamas.
Na Amazônia, mais da metade da área afetada no país foi queimada, totalizando 17,9 milhões de hectares, com predominância de formações florestais. Já no Cerrado, houve um aumento de 91% na área queimada em relação ao ano anterior, sendo a maior registrada desde 2019.
Em outras regiões, como o Pantanal, a Mata Atlântica, o Pampa e a Caatinga, também foram impactadas pelo fogo, com destaque para a menor área queimada no Pampa desde o início da série histórica em 2019. Esses eventos estão associados aos efeitos do fenômeno El Niño e às mudanças climáticas, tornando indispensável a adoção de medidas urgentes para mitigar os impactos ambientais e proteger as áreas naturais do Brasil.