A região viu a atividade econômica despencar após o acidente, uma vez que grande parte da renda local depende do transporte rodoviário de cargas na BR-226, utilizado principalmente para escoar a produção de milho e soja de estados como Mato Grosso, Pará, Tocantins e Piauí. Com a interrupção do tráfego, mais de 2 mil carretas deixaram de circular diariamente, causando impacto negativo em cerca de 70% das empresas locais, de acordo com a Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócios das Micro, Pequenas e Médias Empresas de Estreito e Região (Acisape).
Empresários relatam que tiveram que reduzir suas atividades, demitir funcionários e até mesmo mudar de cidade para manter os negócios em funcionamento. Lojas, mercados, postos de combustíveis e restaurantes foram alguns dos estabelecimentos mais afetados, com quedas de mais de 70% no movimento. Postos de combustível que vendiam milhares de litros por dia agora comercializam apenas uma pequena parcela desse volume. Empresas que oferecem peças e serviços para veículos de transporte de cargas e para caminhões também enfrentam dificuldades, com faturamento insuficiente para cobrir despesas.
Diante desse cenário desolador, associações ingressaram com uma ação civil pública solicitando medidas emergenciais por parte do poder público. Pedem a criação de um fundo emergencial para auxiliar as famílias afetadas e a abertura e renegociação de operações de crédito para micro, pequenos e médios empreendedores. O governo federal já anunciou repasses financeiros para ajudar a conter a crise nas cidades atingidas e o Banco do Nordeste do Brasil autorizou operações de capital de giro com condições especiais.
Além disso, moradores e empresários demandam a efetivação do serviço de balsas para o transporte de pessoas e veículos, como medida essencial para mitigar os impactos da queda da ponte. A busca pelos desaparecidos continua, agora com o uso de drones aéreos e embarcações, visto que os mergulhos foram suspensos devido ao aumento no volume da vazão do Rio Tocantins. A situação é delicada e requer ação imediata das autoridades para minimizar os impactos sociais e econômicos causados pelo desabamento da ponte Juscelino Kubitschek.