BRASIL – Fórum Econômico Mundial em Davos expõe divisões entre Trump e União Europeia em medidas protecionistas e debate sobre mudanças climáticas.

O Fórum Econômico Mundial deste ano está marcado pela polarização entre as primeiras medidas protecionistas adotadas pelo governo de Donald Trump e a resistência, principalmente da União Europeia, em manter o multilateralismo. Com uma delegação brasileira reduzida, o evento reúne líderes políticos, empresários e acadêmicos de todo o mundo em Davos, nos Alpes Suíços.

A presença do presidente norte-americano no fórum é esperada com ansiedade, já que Trump fará um discurso por videoconferência na quinta-feira. A última vez que participou do evento foi em 2020, antes do início da pandemia de covid-19.

Com a participação de cerca de 60 chefes de Estado, 130 representantes de governos e 1,6 mil executivos de 900 empresas, o Fórum Econômico Mundial abordará temas como mudanças climáticas, regulação da inteligência artificial, crescimento econômico, desenvolvimento do capital humano e reconstrução da confiança global em cerca de 300 painéis.

As decisões recentes de Trump, como a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, a desregulamentação da inteligência artificial e as medidas anti-imigração, provocaram divergências no fórum. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou a importância de lidar com a crise climática e a inteligência artificial em escala global, em contraste com as políticas do governo americano.

Mesmo entre os empresários, as primeiras medidas de Trump geraram discordância. Enquanto algumas grandes empresas apoiaram as reduções de impostos, a presidenta do Banco Santander manifestou preocupação com as possíveis tarifas comerciais elevadas pelo governo americano.

No que diz respeito ao Brasil, a delegação inicialmente previa a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. No entanto, apenas Silveira compareceu ao evento. O governador do Pará e o presidente do Supremo Tribunal Federal também fazem parte da comitiva brasileira, com destaque para a intenção do governador paraense de sediar a COP 30 em novembro.

O Fórum Econômico Mundial deste ano é marcado pela tensão entre diferentes abordagens políticas e econômicas, refletindo a instabilidade global e a necessidade de cooperação e diálogo entre os países.

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