De acordo com o Ibama, a retirada das bombonas tem sido dificultada pelo aumento no volume da vazão do rio, ocasionado pela abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, operada pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste). O aumento no volume e na correnteza do rio Tocantins impede a realização de mergulhos de resgate.
A empresa contratada para a atividade de mergulho, Port Ship, estima que serão necessários 145 dias de mergulhos para a retirada de todo o material do leito do rio, levando em consideração a profundidade do rio no local do acidente, a vazão de água, a visibilidade, entre outros aspectos. Até o momento, os mergulhos já realizados conseguiram retirar 29 bombonas contendo 20 litros de agrotóxicos cada.
Dos veículos que caíram no rio Tocantins com o colapso da ponte, dois transportavam ácido sulfúrico, totalizando 76 toneladas do produto, e um levava 22 mil litros de agrotóxicos das marcas Carnadine, Pique 240SL e Tractor. As empresas responsáveis pelo transporte e pela carga de agrotóxicos contrataram empresas especializadas em resposta a emergências químicas para auxiliar na operação de resgate.
Ainda persistem 3 pessoas desaparecidas após o acidente na ponte Juscelino Kubitschek, sendo elas Salmon Alves Santos, de 65 anos, Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos. As buscas pelos desaparecidos continuam sendo realizadas com o auxílio de embarcações e drones aéreos, porém os mergulhos foram suspensos temporariamente devido ao aumento da vazão do rio Tocantins. A expectativa é que as bombonas se desloquem da área do acidente com o aumento da vazão do rio, podendo atingir localidades distantes.