BRASIL – Estudantes trans: mais de 9 mil matriculados nas redes estaduais de ensino em 14 estados e DF, aponta dossiê da Rede Trans Brasil.

No Brasil, a presença de estudantes trans nas escolas públicas das redes estaduais de ensino já é uma realidade. De acordo com um dossiê da Rede Trans Brasil, pelo menos 9 mil estudantes trans estão matriculados em 14 estados e no Distrito Federal, com São Paulo, Paraná e Rio Grande do Norte liderando em número de matrículas.

O nome social, que é o nome pelo qual as pessoas travestis ou transexuais preferem ser chamadas, já é um direito garantido desde 2018. A portaria 33/2018 do Ministério da Educação autoriza o uso do nome social nos registros escolares da educação básica para alunos maiores de 18 anos.

O dossiê, que será lançado oficialmente no próximo dia 29 nas redes sociais da organização, revela que no ano passado São Paulo, Paraná e Rio Grande do Norte lideraram com o maior número de estudantes trans matriculados. Outros estados como Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Alagoas, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Sergipe também constam na lista.

É importante ressaltar que o respeito ao nome social é fundamental para garantir a dignidade e o acolhimento das pessoas trans. Segundo a secretária adjunta de comunicação da Rede Trans Brasil, Isabella Santorinne, quando uma pessoa trans é chamada pelo nome correspondente à sua identidade de gênero, ela se sente reconhecida e acolhida no ambiente escolar.

Além disso, promover uma educação mais diversa é essencial para combater preconceitos e construir um ambiente de respeito para todos, independentemente da identidade de gênero, orientação sexual ou raça. Ensinar sobre diversidade nas escolas prepara os alunos para a sociedade e contribui para a inclusão e o respeito mútuo.

O dossiê também chama a atenção para a violência contra pessoas trans no Brasil. Apesar de ter havido uma queda no número de mortes em 2024 em comparação com o ano anterior, o país ainda é considerado o que mais mata pessoas trans no mundo, revelando a urgência de medidas para garantir a segurança e a proteção dessa população vulnerável.

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