A vítima, que estava fazendo compras quando foi abordada pelos policiais, foi acusada de lesão corporal no boletim de ocorrência. Além disso, um haitiano que estava no local também foi envolvido e deve responder por desacato. O senegalês recebeu um atestado médico que comprovou a presença do fragmento na cabeça e a recomendação de apresentá-lo em locais com detectores de metais para evitar constrangimentos.
Diante desse grave episódio, o Programa Trabalhadores Ambulantes do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos está tomando medidas legais para buscar reparação contra o Estado. Representantes do centro estiveram reunidos com o ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo para registrar a denúncia e buscar providências junto à Corregedoria da PM.
Além disso, foi protocolada uma representação no Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) em conjunto com a vereadora Amanda Paschoal (PSOL). O Gaesp tem como objetivo monitorar a conduta dos agentes e identificar possíveis abusos de autoridade.
É importante ressaltar que o ano de 2024 foi marcado por um recorde de mortes em intervenções policiais no estado de São Paulo, segundo levantamento do Gaesp. A Polícia Militar informou que um inquérito foi instaurado para investigar o caso, porém não confirmou se os agentes envolvidos foram afastados de suas funções.
Diante dessa situação lamentável, fica evidente a necessidade de medidas efetivas para combater a violência policial e garantir os direitos dos cidadãos, especialmente de grupos vulneráveis como os ambulantes. Espera-se que as autoridades competentes atuem de forma rigorosa para combater abusos e garantir a segurança e integridade de todos os cidadãos.