Organizado pelo Grupo Conexão G em parceria com o Favela Ong e com o patrocínio da prefeitura do Rio através da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS-Rio), o festival deste ano conta ainda com o apoio do estado pelo Programa Rio Sem LGBTfobia e do estilista Almir França juntamente com a Escola de Divines.
A importância desse evento em territórios como a Maré, onde a exclusão social e a violência são ainda mais intensas, é destacada pela organização do evento, que ressalta a necessidade de dar visibilidade às demandas e fortalecer a luta por dignidade e cidadania. A Maré, composta por 16 favelas e com uma população de mais de 140 mil habitantes, está localizada na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com o 1º Dossiê Anual do Observatório de Violências LGBTI+ em Favelas, divulgado em 2024, a população LGBTQIA+ enfrenta diversas dificuldades para acessar serviços públicos nas favelas do Rio de Janeiro, incluindo menos acesso a serviços de educação e saúde e está sujeita a várias formas de violência.
A programação do evento inclui lançamentos de materiais produzidos pela Escola de Formação Crítica Majorie Marchi e pelo Observatório de Violências LGBTI+, como um protocolo de segurança para mulheres trans e travestis profissionais do sexo e uma revista abordando questões de empregabilidade e moradia para pessoas LGBTI+ periféricas.
Além disso, haverá uma ação itinerante de lambe-lambe no sábado (25) na Maré, levando informações sobre violência, saúde, empregabilidade e renda da população LGBTI+. O evento se encerrará no domingo (26) com a tradicional Parada LGBTI+ da Maré, que contará com apresentações de drag queens, shows de talentos e manifestações culturais de artistas locais como Grupo Caju Pra Baixo, Grupo Fundamental e Marcelle Motta. Este ano, a parada promete ser um grande palco de talentos e diversidade cultural.