BRASIL – Ação conjunta garante exumação gratuita e preservação dos restos mortais do congolês Moïse Kabagambe, assassinado há três anos na Barra da Tijuca.

No dia em que se completam três anos desde o assassinato do congolês Moïse Kabagambe, uma ação coordenada garantiu a exumação e a preservação dos restos mortais do refugiado de forma gratuita. Moïse foi brutalmente morto aos 24 anos, em um quiosque na orla da praia da Barra da Tijuca.

A iniciativa foi resultado da articulação da presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputada Dani Monteiro, em conjunto com o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro e o Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de Atenção aos Refugiados e Migrantes. Contou também com o apoio da Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva) e da concessionária de serviços funerários Rio Pax, que se comprometeram a realizar o serviço sem custos adicionais.

A exumação e preservação dos restos mortais de Moïse garantem à sua família a possibilidade de realizar seus rituais culturais e religiosos, evitando que seu corpo fosse encaminhado para um ossário público, o que seria uma clara violação de seus direitos. A ação conjunta demonstra o comprometimento das autoridades públicas em combater violações dos direitos humanos e em reforçar a luta contra o racismo estrutural e a exclusão social.

Em 2024, Moïse recebeu uma homenagem póstuma ao ser agraciado com a Medalha Tiradentes, a mais alta condecoração do estado do Rio de Janeiro, concedida pela Alerj.

A ação em prol da exumação e preservação dos restos mortais de Moïse Kabagambe demonstra não apenas um ato de justiça, mas também um passo importante no enfrentamento das graves violações aos direitos humanos e na busca por uma sociedade mais igualitária e inclusiva.

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