A TFH se define como uma empresa de tecnologia que desenvolve projetos para humanos na era da inteligência artificial. A coleta de íris humanas pela empresa seria utilizada para alimentar a plataforma World ID, com o objetivo de comprovar a unicidade do titular como um ser humano vivo e promover maior segurança digital em um contexto de avanço da inteligência artificial.
Segundo a ANPD, a oferta de criptomoedas pela coleta de dados biométricos vai contra a Lei Geral de Proteção de Dados, que determina que o consentimento para o tratamento de dados sensíveis, como os biométricos, deve ser livre, informado, inequívoco, específico e destacado para finalidades específicas.
Uma reportagem da Agência Brasil alerta para os riscos do escaneamento de íris. Especialistas apontam que as pessoas desconhecem as possíveis consequências dessa prática. Karen Borges, gerente Adjunta da Assessoria Jurídica do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), afirma que a associação dessas informações com algoritmos avançados e inteligência artificial pode abrir portas para abusos, crimes e irregularidades.
O aplicativo da TFH já foi baixado por mais de um milhão de pessoas no Brasil, sendo que mais de 400 mil permitiram o escaneamento da íris. A empresa terá que se adequar às normas da ANPD e da LGPD para continuar suas operações no país.