Os detidos, proprietários de uma empresa sediada em Três Rios, no centro-sul fluminense, juntamente com o gerente do comércio e o diretor de logística, tiveram a prisão preventiva decretada. A investigação da Polícia Civil revelou que apenas 17 toneladas da carne estragada foram rastreadas até o momento, vendidas para um frigorífico em Contagem, Minas Gerais.
Segundo as autoridades, os sócios da empresa aproveitaram a tragédia das enchentes ocorridas em maio do ano passado para adquirir as 800 toneladas de carne bovina que ficaram submersas por vários dias em Porto Alegre. Alegando que seriam usadas para a fabricação de ração animal, a investigação descobriu que as carnes foram vendidas para outras empresas, gerando um lucro exorbitante de mais de 1.000%.
Os envolvidos estão sendo acusados de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com impacto em todo o território nacional. Todos foram encaminhados para um presídio no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde ficarão à disposição da Justiça.
O caso tem causado preocupação, pois coloca em risco a saúde dos consumidores em todo o Brasil. A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em colaboração com a Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, continua as investigações para identificar e punir os responsáveis por esse crime grave.