BRASIL – Rompimento da barragem em Brumadinho completa 6 anos, e população afetada pede protocolo de saúde específico para avaliar contaminação por metais.

No último sábado (25), integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) se manifestaram a favor da criação de um protocolo de saúde para acompanhar a situação das populações afetadas pelo rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho. Essa reivindicação veio à tona após um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) detectar níveis elevados de metais em amostras de urina de crianças de 0 a 6 anos que residem na região afetada.

Joceli Andrioli, integrante da coordenação do MAB, ressaltou a importância desse protocolo específico diante do aumento da contaminação no sangue das pessoas, animais e plantas, o que acarreta sérios problemas de saúde. A presença elevada de metais, especialmente em crianças, foi considerada absurda pelo movimento, que exige a responsabilização da Vale por essa situação preocupante.

Além disso, no mesmo sábado em que se completaram 6 anos do rompimento da barragem, a Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum) realizou um ato no centro da cidade para reivindicar justiça. Essa manifestação contou com a participação do MAB, destacando a importância de uma política específica de saúde para as comunidades impactadas por barragens.

Dentro desse contexto, o colapso da barragem em Brumadinho teve como consequência uma série de impactos ambientais e socioeconômicos, afetando milhares de pessoas em diversos municípios da bacia do Rio Paraopeba. Infelizmente, 272 vidas foram perdidas, incluindo dois bebês de mulheres grávidas no total.

O estudo divulgado pela Fiocruz revelou a presença de metais na urina de crianças, causando preocupação e levando à necessidade de avaliação médica para todos os participantes e acompanhamento da saúde dessas comunidades afetadas. A situação também chamou atenção para a elevação de outros problemas de saúde, como colesterol alto e doenças respiratórias, evidenciando a gravidade da contaminação e a urgência de medidas de proteção e acompanhamento dessas populações vulneráveis.

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