A Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) convocou uma reunião de emergência para esta quinta-feira (30) a fim de discutir a delicada questão das deportações de imigrantes ilegais realizadas pelo governo dos Estados Unidos. O encontro foi solicitado pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e marcado pela presidente hondurenha Xiomara Castro, também presidente da Celac.
O formato da reunião será híbrido, porém Petro deverá marcar presença de maneira presencial na capital hondurenha, Tegucigalpa. A solicitação do presidente colombiano veio após a Colômbia negar a entrada de aviões militares norte-americanos que estavam deportando imigrantes colombianos no último domingo.
Em suas redes sociais, Petro declarou: “Não posso fazer com que imigrantes permaneçam em um país que não os quer, mas se este país os devolve, deve ser com dignidade e respeito, tanto para com eles quanto para com o nosso país”. Além disso, ele acrescentou que a Colômbia deve ser respeitada.
Em resposta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que taxaria em 25% produtos oriundos da Colômbia que fossem importados por seu país. No entanto, o governo colombiano comunicou que o impasse entre as duas nações foi superado. O chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo, partirá para Washington D.C. para reuniões de alto nível com representantes norte-americanos.
Em nota divulgada pelo governo colombiano, foi garantido que os colombianos deportados serão recebidos de volta de maneira digna, com o avião presidencial disponível para facilitar o retorno. A Colômbia ressaltou a importância dos canais diplomáticos para assegurar os direitos, interesses nacionais e a dignidade de seus cidadãos.
A reunião da Celac promete ser crucial para encontrar soluções diplomáticas e humanitárias para a crise das deportações na região latino-americana e caribenha. Este é um momento delicado que exige diálogo e cooperação entre os países envolvidos para garantir o respeito aos direitos dos imigrantes e a soberania nacional.