Para o próximo ano, a expectativa é de novas elevações nos custos, já que tanto a mão de obra quanto os preços estão sob pressão. As taxas de juros elevadas contribuem para a pressão inflacionária nos materiais e equipamentos, dificultando a obtenção de crédito para a compra de imóveis e aumentando os custos de materiais como o aço, tabelado internacionalmente em dólar e com demanda crescente globalmente.
A questão da mão de obra na construção civil também é um desafio, com a dificuldade de atrair jovens para a carreira e garantir a formação técnica adequada. O Sinduscon-SP aponta que o piso salarial da categoria varia entre um salário mínimo e um salário mínimo e meio, com alta incidência de contratos por produtividade, prática criticada pelo sindicato dos trabalhadores devido à falta de recolhimento de FGTS e INSS.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (Sintracon-SP), é fundamental valorizar os trabalhadores, garantindo direitos e cumprindo a legislação trabalhista para evitar práticas ilegais. O envelhecimento da mão de obra na construção civil é outro desafio apontado, com a idade média dos trabalhadores em 42 anos, em um momento de alta demanda.
Para enfrentar esses desafios, o setor busca alternativas, como a implementação de um plano de carreira e salários padronizado, em parceria com entidades e instituições de ensino, visando atrair e formar novos profissionais para a construção civil. A inovação e a valorização dos trabalhadores são pilares fundamentais para a adaptação do setor às mudanças e à atração de novos talentos.