BRASIL – Copom decide elevar Selic 1 ponto percentual em nova reunião sob comando de Gabriel Galípolo do BC

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está em meio à primeira reunião sob o comando do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo. Neste encontro, a diretoria do BC decidirá o rumo da taxa básica de juros, a Selic, diante do agravamento da alta do dólar e do aumento dos preços dos alimentos. Essa será a quarta elevação consecutiva da Selic, e de acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado realizada pelo BC, a expectativa é que a taxa suba 1 ponto percentual, passando de 12,25% para 13,25% ao ano.

No comunicado da última reunião, em dezembro, o Copom já havia sinalizado que elevaria os juros básicos em 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e de março. O cenário de incertezas externas e os impactos do pacote fiscal do governo no fim do ano passado foram apontados como justificativas para o aumento da taxa básica de juros no início de 2025.

A decisão do Copom será anunciada nesta quarta-feira (29), e o encontro também trará à tona questões relacionadas à inflação. A ata da última reunião alertou para a necessidade de um ciclo de alta da Taxa Selic, considerando o atual cenário econômico. O boletim Focus aponta uma estimativa de inflação para 2025 em 5,5%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

A Selic é um instrumento fundamental para o controle da inflação pelo Banco Central, sendo utilizada como referência para as demais taxas da economia. O aumento da taxa de juros pelo Copom visa conter a demanda aquecida e influencia diretamente nos preços, tornando o crédito mais caro e estimulando a poupança. Por outro lado, a redução da Selic tende a baratear o crédito, estimulando a produção e o consumo.

Diante do novo sistema de meta contínua de inflação em vigor a partir deste mês, a meta a ser perseguida pelo BC é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O próximo Relatório de Inflação, a ser divulgado no fim de março, poderá trazer novas projeções levando em consideração o comportamento do dólar e da inflação.

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