Marina Colasanti era casada com o poeta Affonso Romano de Sant’Anna e deixa duas filhas. Com mais de 70 livros publicados, tanto para público adulto quanto infantojuvenil, a escritora recebeu inúmeros prêmios ao longo de sua carreira. No ano passado, foi homenageada como personalidade literária no Prêmio Jabuti, em reconhecimento à sua contribuição para a literatura nacional.
Seu vasto repertório literário inclui desde poesias e romances até obras infantojuvenis. Marina era conhecida pela versatilidade de sua obra, transitando com maestria por diferentes gêneros e linguagens artísticas. O presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Marco Luchesi, destacou a importância de Marina como uma figura central nas artes, enaltecendo sua genialidade e influência no cenário cultural brasileiro.
Além de escritora, Marina Colasanti também era ilustradora e teve uma longa carreira como colunista e cronista em diversos veículos de comunicação. Feminista declarada, a autora abordava em suas obras questões relacionadas ao papel da mulher na sociedade, tornando-se uma voz importante para a representatividade feminina na literatura.
Nascida na Eritreia e com passagens pela Líbia e Itália, Marina se estabeleceu no Brasil na década de 40 e construiu uma carreira sólida e marcante. Sua paixão pelos livros, que remonta à infância, revela o quanto a literatura foi fundamental em sua vida. Em uma entrevista, a autora confessou que os livros eram seus “coletes salva-vidas” em momentos difíceis, ressaltando a importância da leitura em sua jornada.
Com a partida de Marina Colasanti, o Brasil e a literatura mundial perdem não apenas uma grande escritora, mas também uma voz singular e essencial. Sua obra continuará a inspirar gerações e a marcar presença na cultura brasileira e internacional. A Câmara Brasileira do Livro emitiu uma nota de pesar, destacando a relevância e o legado deixado pela autora, que permanecerá vivo através de suas palavras e imaginação.