As aves passaram sete meses em um viveiro de aclimatação situado em uma área pertencente à Mata Atlântica. Após esse período de adaptação, as aves foram soltas para explorar livremente o ambiente natural e readquirir hábitos essenciais para a vida em liberdade. O objetivo principal é estimular a reprodução dos papagaios na natureza e contribuir para o ecossistema.
A soltura das aves também teve o propósito de sensibilizar a população sobre a importância de combater o cativeiro ilegal de animais silvestres. Rafael Cordeiro, médico veterinário do IMA/AL, ressaltou a relevância desse momento para a conservação da espécie e para a manutenção dos recursos naturais no estado.
Luiz Fábio Silveira, pesquisador do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), acompanhou o manejo das aves e coordenou a soltura. Ele destacou a alegria e emoção ao ver os papagaios-chauá voando livremente, após terem sido resgatados do cativeiro ilegal em 2019.
A parceria entre o Ministério Público e o Instituto do Meio Ambiente foi fundamental para o sucesso dessa iniciativa de preservação da espécie ameaçada de extinção. Além disso, várias instituições e órgãos públicos fazem parte do Grupo Gestor do Plano de Ação, garantindo o apoio necessário para a conservação dos papagaios-chauá em Alagoas.
O papagaio-chauá é uma espécie endêmica do Brasil e ocorre em diversos estados, incluindo Alagoas. Com a reintrodução dessas aves, espera-se contribuir significativamente para a preservação da espécie e garantir um futuro mais promissor para o papagaio-chauá em seu habitat natural.