A iniciativa de estabelecer esse grupo foi anunciada após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros no Palácio do Planalto, onde foi decidido que um posto de acolhimento humanitário será montado no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, para receber os brasileiros deportados dos EUA. Essa medida é uma resposta às dificuldades enfrentadas nos últimos dias, quando um voo de deportação com 88 brasileiros enfrentou uma série de problemas.
Durante o voo, os passageiros foram algemados, relataram agressões por parte dos agentes americanos, foram privados de comida e acesso a banheiro, e ainda enfrentaram problemas técnicos no avião. A situação só foi resolvida quando a aeronave fez uma parada em Manaus, onde a Polícia Federal determinou a retirada das algemas e realocou os passageiros em outro avião da Força Aérea Brasileira até Belo Horizonte.
Além disso, a secretária de Comunidades Brasileiras no Exterior e Assuntos Consulares e Jurídicos do MRE, Márcia Loureiro, se reuniu com o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA no Brasil para discutir a situação. Essa convocação expressa o descontentamento do governo brasileiro com a forma como os brasileiros estão sendo tratados nas deportações.
A criação desse grupo de trabalho e a instalação do posto de acolhimento evidenciam a preocupação do governo brasileiro em garantir o respeito aos direitos humanos e a dignidade dos cidadãos brasileiros, mesmo em situações de deportação. Essas ações também demonstram a importância de estabelecer uma comunicação eficaz entre os órgãos responsáveis para prevenir e solucionar problemas como os enfrentados recentemente.