Segundo Ianca, o crime de ameaça é um dos mais recorrentes no contexto da violência contra a mulher, sendo utilizado pelos agressores para intimidar, minar a autoestima e gerar medo nas vítimas. Muitas mulheres acabam sofrendo em silêncio, temerosas das consequências e de que as ameaças se concretizem. A advogada ressalta a importância da denúncia e conscientização, destacando a necessidade de ações de prevenção, educação e combate à cultura machista que perpetua a violência de gênero.
A especialista aponta eventos como dias de jogos de futebol como momentos de aumento da violência contra as mulheres, evidenciando a urgência em desconstruir a visão de propriedade sobre as mulheres e investir em educação para prevenir crimes e agressões. A denúncia de ameaças é crucial para interromper o ciclo de violência e evitar a escalada para crimes mais graves, como o feminicídio.
Os casos de feminicídio também preocupam, com um aumento de 15,89% de 2023 para 2024. As vítimas de ameaças devem buscar ajuda em delegacias de polícia, preferencialmente as especializadas na defesa da mulher, reunindo provas e testemunhas para embasar os boletins de ocorrência. Ianca destaca a importância da investigação eficaz dos casos, ressaltando a necessidade de investimento nas delegacias para agilizar o atendimento e garantir a proteção das mulheres.
Diante desse cenário alarmante, a sociedade e as autoridades devem se unir para combater a violência de gênero, promovendo a cultura do respeito, da igualdade e da proteção das mulheres. A conscientização e a denúncia são passos essenciais para garantir a segurança e a integridade das vítimas, combatendo a impunidade e a naturalização da violência contra as mulheres.