Segundo o economista do Ibre/FGV, André Braz, a desaceleração da inflação ao produtor em janeiro de 2025 foi devida à redução nos preços da soja, do gado bovino e suíno. Já no varejo, a inflação se manteve controlada, pois o aumento nos preços dos alimentos foi compensado pela diminuição no preço da energia. Por outro lado, na construção civil, os reajustes salariais contribuíram para a aceleração da inflação no setor.
Em janeiro, a taxa do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) diminuiu para 0,24%, após um aumento significativo de 1,21% em dezembro. O grupo de Bens Finais teve uma redução para 0,79% em janeiro, em comparação com a alta de 0,83% no mês anterior. O índice referente a Bens Finais, excluindo alimentos in natura e combustíveis para consumo, passou de 1,20% em dezembro para 0,71% em janeiro.
O grupo Bens Intermediários teve um aumento de 1,26% em janeiro, superando a taxa do mês anterior, que foi de 0,47%. Já o índice de Bens Intermediários, excluindo combustíveis e lubrificantes para a produção, teve um aumento de 1,20% em janeiro, superior ao apurado em dezembro, de 0,46%. O grupo de Matérias-Primas Brutas teve uma queda de 0,75% em janeiro, revertendo a alta de 2,35% registrada em dezembro.
De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve uma taxa de 0,14% em janeiro, com uma leve aceleração em relação ao mês anterior, quando o índice foi de 0,12%. Dentre as oito classes de despesas que compõem o índice, cinco tiveram aumentos em suas taxas de variação, tais como Saúde e Cuidados Pessoais, Alimentação, Vestuário, Transportes e Educação, Leitura e Recreação.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve um aumento de 0,71% em janeiro, superando a taxa de 0,51% observada em dezembro. Os grupos de Materiais e Equipamentos, Serviços e Mão de Obra também apresentaram variações em seus índices, indicando tendências distintas no setor da construção.