O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar mais uma vez os juros em 1 ponto percentual, fixando a Selic em 13,25% ao ano. Esta foi a quarta alta consecutiva, levando a taxa ao maior nível desde setembro de 2023. O BC justificou a elevação com base na recente valorização do dólar, incertezas globais e a necessidade de controlar a inflação.
Marinho, durante coletiva para apresentar os dados de geração de empregos no Brasil, ressaltou a importância do aumento da produção como forma de controlar a inflação, diversificando as estratégias para além do aumento da taxa de juros. Ele destacou que o país ainda tem espaço para crescimento dos salários sem gerar impactos inflacionários significativos.
O ministro também instou o mercado a assumir sua responsabilidade e a analisar a economia brasileira de forma mais equilibrada, sem entrar em pânico com a necessidade de constantes elevações da Selic. Ele questionou a programação do Copom de elevar a taxa em mais 1 ponto percentual na próxima reunião, pedindo uma revisão dessa decisão.
Marinho alertou para as consequências dos sucessivos aumentos na Selic, apontando para o impacto negativo na atividade produtiva e no orçamento público. Setores como a construção civil já estão avaliando os efeitos a longo prazo dessas medidas, que podem afetar contratos futuros e inibir investimentos.
Diante dessas considerações, o ministro defendeu uma ação mais cautelosa por parte do Banco Central, evitando entrar em um ciclo contínuo de aumentos na taxa de juros que possam comprometer ainda mais a economia do país. A expectativa é que o BC reavalie sua política monetária e encontre um equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo ao crescimento econômico.