A decisão veio após uma ação proposta pela deputada federal Sâmia Bomfim (Psol), que acusou Zambelli de praticar o uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político. O TRE-SP foi enfático ao afirmar que a parlamentar divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022, o que teria influenciado de forma negativa a campanha eleitoral.
O relator do processo, desembargador Encinas Manfré, destacou que Zambelli fez publicações nas redes sociais com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema eleitoral brasileiro. Uma das publicações falsas divulgadas pela deputada foi sobre uma suposta manipulação das urnas eletrônicas em Itapeva, no interior do estado.
Em seu voto, o desembargador ressaltou a gravidade das condutas da parlamentar, que teriam afetado a isonomia da disputa eleitoral. Ele afirmou que as ações de Zambelli tiveram repercussão suficiente para prejudicar a vontade livre e consciente dos eleitores, o que justificou a cassação do diploma de deputada federal e a declaração de inelegibilidade.
Após a decisão do TRE-SP, Zambelli anunciou que irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em nota publicada nas redes sociais, a deputada afirmou que continuará representando São Paulo e seus eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis. Ela também alegou estar sendo perseguida politicamente, em um momento em que a polarização política no país é cada vez mais evidente.
A decisão do TRE-SP marca um capítulo controverso na carreira política de Carla Zambelli e levanta questões sobre o uso responsável das redes sociais e dos meios de comunicação por parte dos parlamentares. O desfecho desse caso promete ainda mais polêmicas e reviravoltas nos bastidores da política nacional.
