No mês de dezembro do mesmo ano, o setor público registrou um superávit primário de R$ 15,7 bilhões, uma grande evolução em comparação ao déficit de R$ 129,6 bilhões registrado em dezembro de 2023. Essa melhora se deve, em grande parte, ao fato de que em 2023 houve o pagamento de precatórios no valor de R$ 92,4 bilhões.
O Governo Central e as empresas estatais apresentaram superávit de R$ 26,7 bilhões e R$ 1 bilhão, respectivamente, sendo os governos regionais os responsáveis pelo déficit de R$ 12 bilhões, conforme informado pelo BC.
Os juros nominais do setor público consolidado em 2024 totalizaram R$ 950,4 bilhões, equivalente a 8,05% do PIB, em comparação com os R$ 718,3 bilhões (6,56% do PIB) registrados em 2023. Em dezembro, os juros nominais atingiram R$ 96,1 bilhões, frente aos R$ 63,9 bilhões no mesmo mês do ano anterior.
O resultado nominal do setor público, que engloba o resultado primário e os juros nominais apropriados, teve um déficit de R$ 998 bilhões em 2024, representando 8,45% do PIB, em comparação com os R$ 967,4 bilhões (8,84% do PIB) em 2023. O déficit nominal de dezembro atingiu R$ 80,4 bilhões, ante os R$ 193,4 bilhões de dezembro do ano anterior.
A Dívida Líquida do Setor Público ficou em R$ 7,2 trilhões em 2024, correspondente a 61,1% do PIB, com um aumento anual de 0,7 pontos percentuais. Essa elevação se deve aos juros nominais, déficit primário, reconhecimento de dívidas e desvalorização cambial. Além disso, influenciaram os ajustes da dívida externa líquida, privatizações e crescimento do PIB nominal.
Por fim, a Dívida Bruta do Governo Geral alcançou 76,1% do PIB, totalizando R$ 9 trilhões em 2024. Esses dados mostram a importância de acompanhar e analisar as finanças do setor público para compreender a situação econômica do país.