ALAGOAS – Quebra de Xangô: 113 anos do maior episódio de intolerância religiosa de Alagoas – Mãe Mirian e a luta contra a discriminação.

No dia 2 de fevereiro de 2025, uma data marcante para Alagoas é relembrada: os 113 anos do Quebra de Xangô, considerado o maior episódio de intolerância religiosa do estado. Neste evento, que ocorreu em 1912, terreiros de Candomblé em Maceió foram invadidos e destruídos, com os praticantes sendo perseguidos de forma violenta.

Mãe Mirian, zeladora de santo e símbolo da cultura afro-indígena, reforça a importância de valorizar os descendentes e combater a intolerância religiosa. Ela relembra os momentos sombrios vividos pelos praticantes do Candomblé, que sofreram discriminação e violência, levando a mudanças em suas tradições para se protegerem.

O estudante de História e abian do Axé Pratagy, Alan Cerqueira, destaca a importância do 2 de fevereiro como um dia de resistência e reafirmação das religiões de matriz africana. Ele afirma que é essencial o respeito às raízes afro-brasileiras e à diversidade cultural que enriquece o país.

O Governo de Alagoas também tem atuado no combate à discriminação religiosa, valorizando a cultura afro-brasileira e promovendo a conscientização sobre a história do Candomblé. Medidas como a criação da Delegacia Tia Marcelina, referência no acolhimento e investigação de casos de intolerância religiosa, demonstram o comprometimento do governo em combater qualquer forma de discriminação.

Em 2012, o Governo de Alagoas emitiu um pedido oficial de perdão pelo Quebra de Xangô, buscando fortalecer ações de combate à intolerância religiosa no estado. É fundamental lembrar e aprender com eventos históricos como esse, para garantir que a diversidade religiosa seja respeitada e protegida em Alagoas e em todo o país.

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