Durante a entrevista, o ministro destacou a importância da queda do dólar, que passou de R$ 6,10 para R$ 5,80, como um fator que já está contribuindo para amenizar a pressão inflacionária. Além disso, Haddad ressaltou a expectativa de uma safra muito forte este ano, o que também deve ajudar a estabilizar os preços dos alimentos.
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) foi mencionada durante a entrevista, destacando um cenário adverso para a inflação dos alimentos no médio prazo. A estiagem observada no ano passado e a elevação dos preços das carnes foram apontadas como fatores que contribuíram para o aumento significativo nos preços dos alimentos.
Haddad ainda ressaltou que as variáveis econômicas, como o câmbio e a inflação, estão se acomodando em outro patamar, o que certamente vai favorecer a economia. O ministro também destacou o esforço do governo e do Congresso em promover uma contenção de R$ 30 bilhões no Orçamento, com o objetivo de reduzir as pressões fiscais sobre a política monetária.
O Copom estima que a inflação de 12 meses deverá se manter acima da meta do Banco Central até junho, o que configuraria um descumprimento da meta de acordo com o novo modelo de metas contínuas. Haddad destacou que esse novo modelo permite uma melhor acomodação da política monetária pelo BC, trazendo mais estabilidade para a economia.
O ministro ressaltou também o regime de meta de inflação atual, que determina que o índice deve ficar em 3% no acumulado em 12 meses, com bandas de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. Haddad enfatizou a importância do controle da inflação para o bom funcionamento da economia do país.