Nesta terça-feira (4), o governo da Austrália anunciou a proibição do uso de produtos, aplicativos e serviços da DeepSeek em computadores e dispositivos móveis pertencentes ao Estado. A medida atinge servidores públicos de todos os órgãos governamentais federais, com exceção de organizações corporativas como a operadora postal Australia Post e a empresa pública de comunicação ABC.
De acordo com a ABC, a decisão foi baseada em recomendações de agências de segurança e inteligência que consideraram a plataforma chinesa um “risco inaceitável” para o Poder Público. Os detalhes sobre esses riscos ainda não foram divulgados pelo governo australiano.
A ministra das Comunicações, Michelle Rowland, em entrevista à Sky News, mencionou a preocupação com o armazenamento de informações pessoais coletadas por empresas de tecnologia como a DeepSeek. Ela ressaltou que as inovações tecnológicas trazem oportunidades, mas também levantam preocupações sobre privacidade e segurança.
Além da Austrália, Itália e Taiwan também proibiram o uso de produtos da DeepSeek em dispositivos governamentais. Nos Estados Unidos, a Nasa e o Pentágono seguiram o mesmo caminho, mostrando uma disputa entre a China e os EUA, onde a DeepSeek concorre com produtos de empresas como Google e OpenAI.
É evidente que a DeepSeek está enfrentando desafios em vários países devido a preocupações com privacidade, segurança nacional e uso de informações de usuários. Autoridades italianas e taiwanesas já tomaram medidas para restringir o uso dos produtos da empresa chinesa em determinados setores, enquanto a Nasa destaca a necessidade de precaução devido à operação dos servidores da startup fora dos EUA.
Essas proibições e restrições representam um novo capítulo na história da DeepSeek, que agora terá que lidar com a desconfiança e resistências em diferentes partes do mundo enquanto busca manter sua relevância no mercado de tecnologia global.