Além disso, o movimento pede a distribuição gratuita de água durante os dias de folia, assim como preços acessíveis para a mesma, de forma a torná-la mais barata do que as bebidas alcoólicas disponíveis nos eventos. Outra solicitação presente na carta é a flexibilidade nos horários dos blocos, permitindo ajustes na programação da concentração, desfile e dispersão em situações de calor intenso ou fortes chuvas.
Jonaya de Castro, diretora do Instituto Lamparina e uma das líderes do movimento, enfatizou a importância da atuação do poder público na mitigação de impactos decorrentes de eventos climáticos, visando à proteção da vida, saúde e segurança dos foliões. A carta, assinada por mais de 80 blocos e organizações, conta com o apoio de entidades como o Greenpeace Brasil e a Rede Vozes Negras pelo Clima.
Em entrevista à imprensa, Jonaya de Castro destacou que as demandas apresentadas na carta não são novas, mas foram mal executadas no ano anterior, com relatos de blocos sem acesso a água. O aumento significativo no número de blocos de rua em São Paulo para o carnaval deste ano, chegando a 767, reforça a importância de medidas preventivas e de adaptação diante das condições climáticas adversas que podem surgir durante a folia.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de São Paulo e a SPTuris para obter seus posicionamentos sobre as recomendações feitas pelo Movimento As Águas Vão Rolar e aguarda resposta das autoridades. É fundamental que as demandas da sociedade civil sejam acolhidas e que medidas eficazes sejam adotadas para garantir a segurança e o bem-estar dos foliões durante o carnaval de rua da cidade.