Mesmo com três meses consecutivos de recuo na produção industrial, o setor conseguiu atingir esse crescimento expressivo. Em dezembro, por exemplo, a produção apresentou uma queda de 0,3%, seguindo as reduções já registradas em outubro e novembro. No entanto, em relação ao mesmo período de 2023, o resultado de dezembro foi 1,6% superior.
Ainda de acordo com o IBGE, a indústria nacional se encontra 1,3% acima do nível pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020. No entanto, o setor ainda está longe do ponto mais alto alcançado em maio de 2011, apresentando uma diferença de 15,6%. O nível atual de produção é semelhante ao registrado em dezembro de 2009.
O crescimento de 3,1% registrado em 2024 superou o índice de 2023, que foi de 0,1%. Nos últimos 15 anos, esse resultado fica atrás apenas de 2010, com expansão de 10,2%, e de 2021, com crescimento de 3,9%. É importante ressaltar que o crescimento de 2024 não contou com o benefício de uma base de comparação de queda, ao contrário do que ocorreu em 2010 e 2021.
O gerente da pesquisa, André Macedo, destacou que a expansão da indústria em 2024 foi generalizada, com números positivos em diversas categorias econômicas e ramos industriais. Macedo atribui esse crescimento a fatores como a melhoria do mercado de trabalho, queda na taxa de desocupação, aumento na massa salarial e incremento no consumo das famílias.
Em relação ao desemprego, o país encerrou 2024 com uma taxa média de 6,6%, o menor patamar da série histórica do IBGE. Esse cenário contribuiu para impulsionar o crescimento da indústria ao longo do ano, refletindo de forma positiva na economia brasileira como um todo.