O atual presidente, Daniel Noboa, concorre à reeleição enfrentando 15 candidatos, com destaque para Luisa González, do partido Revolução Cidadã. Rafael Correa, ex-presidente do Equador, tem influência no partido de González e tem sua imagem associada à candidata. As pesquisas de opinião divergem em relação ao favoritismo entre Noboa e González, o que indica um possível segundo turno decisivo.
O cenário político equatoriano é marcado por problemas econômicos, violência e instabilidade social. O país viu um aumento expressivo nos índices de criminalidade nos últimos anos, tornando-se um dos mais violentos da América Latina. Os eleitores equatorianos estão atentos a como os candidatos pretendem lidar com a questão da segurança pública, que se tornou um tema central nessas eleições.
Além da violência, o Equador enfrenta desafios relacionados a apagões, dificuldades econômicas e conflitos armados envolvendo facções do crime organizado. Recentemente, o governo declarou o país em conflito armado interno, ampliando os poderes dos militares na segurança pública. No entanto, as medidas adotadas pelo presidente Noboa geraram críticas sobre violações de direitos e abusos cometidos pelas forças de segurança.
A economia equatoriana também é uma questão central nestas eleições, com propostas divergentes dos candidatos em relação ao desenvolvimento do país. Enquanto Noboa representa o setor empresarial e mantém laços com governos estrangeiros como os Estados Unidos, Argentina e El Salvador, González defende um papel mais ativo do Estado na economia e propõe medidas para reduzir a dependência do petróleo e auditar a dívida externa.
Diante de tantos desafios e incertezas, os equatorianos se preparam para um pleito decisivo que irá definir o rumo do país nos próximos anos. A escolha do próximo presidente e dos parlamentares terá impacto direto na vida de milhões de cidadãos equatorianos e nas perspectivas de desenvolvimento e segurança da nação latino-americana.