A Esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix, podendo afetar tanto humanos quanto animais. Segundo Bugarim, a doença tem se expandido rapidamente em áreas urbanas, tornando-se um sério problema de saúde pública. O contato direto com o fungo presente no solo, plantas e materiais orgânicos em decomposição é a principal forma de transmissão, sendo os gatos doentes os principais vetores de infecção para os seres humanos.
“A esporotricose tem se tornado um desafio crescente para a saúde pública, especialmente devido ao aumento dos casos em áreas urbanas. É essencial que as pessoas estejam atentas aos sinais da doença e busquem orientação médica ao notar sintomas. Além disso, o cuidado com os animais é fundamental. Gatos infectados devem receber tratamento adequado, e a população precisa evitar o abandono, que contribui para a disseminação do fungo”, alerta o coordenador.
Os sintomas da Esporotricose variam, sendo a forma cutânea a mais comum, causando lesões ulceradas na pele. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais, como cultura fúngica e testes moleculares, e o tratamento envolve o uso de antifúngicos orais e intravenosos, podendo durar meses ou até anos.
A Sesau recomenda o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ao manusear terra, plantas ou animais suspeitos, além de higienizar corretamente ferimentos causados por arranhaduras ou mordidas de gatos. Em 2024, foram registrados cerca de 20 casos de esporotricose humana em Alagoas, ressaltando a importância do monitoramento da doença e a busca por atendimento médico ao identificar sintomas suspeitos.
Recentemente, o Ministério da Saúde incluiu a esporotricose humana na Lista Nacional de Notificação Compulsória, visando uma melhor organização dos serviços de saúde e preparação para possíveis aumentos na demanda por tratamentos antifúngicos. Este é um passo importante para garantir o controle e prevenção eficazes dessa zoonose emergente no Brasil.