Esse grupo foi escolhido pois concentra o maior número de hospitalizações por dengue, após os idosos, que não podem receber a vacina Qdenga da farmacêutica japonesa Takeda devido à falta de liberação pela Anvisa. O esquema vacinal adotado pelo ministério consiste em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.
Inicialmente, em janeiro de 2024, 521 municípios foram selecionados para dar início à imunização contra a dengue na rede pública, sendo cidades com alta transmissão da doença nos últimos anos. Atualmente, todas as unidades federativas recebem doses da vacina contra a dengue, seguindo critérios definidos pelos Conselhos de Secretários de Saúde.
A baixa procura pela vacina contra a dengue levou a Sociedade Brasileira de Imunizações a emitir um alerta, apontando que somente metade das doses distribuídas foram aplicadas. Isso causa preocupação, principalmente com a detecção do sorotipo 3 da dengue em diversas regiões, sendo este um vírus que não circulava predominantemente no país desde 2008.
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde destaca que a vacinação não é a principal estratégia do governo contra a doença devido à baixa disponibilidade do imunizante. Um Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses foi lançado, intensificando o controle do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.
A epidemia de dengue em 2024 foi a pior já registrada no país, com milhões de casos e milhares de mortes. Em 2025, mesmo com um número menor de casos, o Brasil continua enfrentando desafios no combate a essa doença. A atuação do governo e a conscientização da população são fundamentais para reduzir a incidência da dengue e proteger a saúde de todos.