O governo estadual recorreu da decisão e conseguiu reverter a liminar no Tribunal de Justiça (TJRS), possibilitando o retorno das aulas na próxima quinta-feira (13). A Procuradoria-Geral do Estado destacou que já haviam sido tomadas medidas relacionadas ao calor extremo, como orientações aos coordenadores regionais para garantir um retorno seguro dos estudantes.
O Cpers considerou a recomendação do governador Eduardo Leite, que sugeria medidas como hidratação, uso de roupas leves e protetor solar, como vergonhosa. A entidade argumentou que as salas de aula e demais ambientes escolares não estavam estruturados para enfrentar as altas temperaturas previstas.
A secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, ressaltou que as condições de infraestrutura e de clima variam em cada região do estado, defendendo que o monitoramento e a avaliação sobre a retomada das aulas fossem feitos caso a caso pelas coordenadorias regionais.
O governo do estado emitiu uma nota oficial orientando as coordenadorias regionais a adotarem medidas preventivas, como garantir o fornecimento de energia elétrica e água potável nas escolas, ampliação da hidratação, fornecimento de alimentos leves na merenda escolar e suspensão das aulas de educação física. A expectativa é de que aproximadamente 700 mil estudantes em 2.320 escolas sejam impactados com o retorno das aulas.