Em uma entrevista divulgada na Fox News, Trump afirmou que pretende construir comunidades seguras e permanentes para os palestinos fora da Faixa de Gaza. Essa proposta, no entanto, tem sido duramente criticada por palestinos, lideranças árabes e até mesmo pela Arábia Saudita. Por outro lado, Israel demonstrou apoio ao plano e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou a preparação de um plano de emigração para os palestinos de Gaza.
Atualmente, a Jordânia abriga mais de 2 milhões de palestinos refugiados, provenientes dos conflitos iniciados em 1948 com a criação do Estado de Israel. Essa realidade complicada e delicada torna a questão da transferência dos palestinos ainda mais sensível e desafiadora.
Além disso, o plano de Trump e Netanyahu levantou preocupações legais, uma vez que viola o direito internacional ao deslocar a população civil por motivos políticos e territoriais. A rejeição por parte do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, demonstra a resistência dos palestinos em aceitar qualquer ação que comprometa sua permanência na região.
Por fim, a ameaça de retaliação do presidente Trump em caso do não cumprimento do acordo de cessar-fogo por parte do Hamas também eleva a tensão na região. O secretário-geral da ONU, António Guterres, apela para que ambas as partes respeitem o acordo e evitem uma escalada de violência em Gaza.
O encontro entre Trump e o rei Abdullah será de extrema importância para o futuro das relações entre os Estados Unidos e a Jordânia, bem como para a estabilidade da região do Oriente Médio. Resta aguardar os desdobramentos dessa reunião e suas possíveis consequências para a política internacional.