Além disso, o presidente americano tem feito ameaças diretas aos Brics, sugerindo a imposição de altas tarifas de importação caso os países do grupo decidam realizar trocas comerciais em moeda própria, em vez do dólar. Essas atitudes têm sido interpretadas como ameaças à soberania de outros países, como as declarações sobre retomar o Canal do Panamá, controlar a Groenlândia e transformar o Canadá em um estado norte-americano.
Trump também provocou controvérsias ao retirar os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde e do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, desafiando o multilateralismo e os sistemas de governança global. Suas declarações sobre a questão palestina, incluindo a proposta de controlar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos do território, também geraram críticas e condenações.
Essas posturas do presidente americano têm levado a uma crescente preocupação internacional, com a relatora especial da UNHRC para Israel e os Territórios Ocupados Palestinos, Francesca Albanese, encorajando a comunidade internacional a isolar os Estados Unidos. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, por exemplo, criticou a decisão de Trump de impor tarifas e prometeu medidas para proteger os interesses dos países europeus.
Apesar da influência econômica e militar dos Estados Unidos no cenário global, especialistas alertam que nenhuma nação é totalmente autossuficiente e que o isolamento causado pelas atitudes de Trump pode ter consequências negativas para o país. A comunidade internacional está cada vez mais preocupada com as ações unilaterais do governo americano e busca maneiras de contornar possíveis impactos.
No Brasil, as relações comerciais estão em foco, com a possibilidade de buscar parceiros alternativos em meio às turbulências provocadas pelas políticas protecionistas dos Estados Unidos. Os Brics surgem como uma alternativa viável para expandir as relações comerciais do país e reduzir a dependência de mercados tradicionais. É crucial para o Brasil diversificar suas parcerias comerciais e fortalecer as relações sul-sul para lidar com os desafios globais atuais.