Conforme divulgado pela ANS, o Tibsovo é recomendado para pacientes adultos com câncer localmente avançado ou metastático que possuem uma mutação no gene IDH1 e que já foram submetidos a pelo menos uma linha prévia de terapia sistêmica. Estudos recentes, como o Claridhy Trial, mostraram que o uso do ivosidenibe reduziu em 63% o risco de progressão ou óbito nesse grupo de pacientes, representando uma significativa melhora nos resultados de tratamento.
O colangiocarcinoma é uma doença considerada rara pela ANS, afetando os ductos biliares intra-hepáticos e extra-hepáticos. Mesmo não havendo dados epidemiológicos específicos para essa neoplasia na população brasileira, estima-se que a incidência seja menor do que cinco casos a cada 100 mil habitantes no Brasil, de acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Outro ponto relevante é que cerca de 70% dos casos de colangiocarcinoma são diagnosticados em estágios avançados da doença, devido à falta de sintomas específicos nas fases iniciais. Isso torna o câncer agressivo e com poucas opções terapêuticas em estágios avançados.
Por conta disso, a inclusão do Tibsovo na cobertura dos planos de saúde pode representar uma importante alternativa de tratamento para os pacientes com colangiocarcinoma que possuem a mutação no gene IDH1. O medicamento, que foi aprovado pela Anvisa em 2024 e já está disponível em outros países, tem se mostrado eficaz e seguro no tratamento dessa condição.
A consulta pública da ANS estará aberta até o dia 25, e é a última etapa antes da recomendação final da agência reguladora sobre a inclusão do Tibsovo na cobertura dos planos de saúde. A participação na consulta pode ser feita através do link disponibilizado no site da ANS.