O fato mais alarmante é que a confecção não possuía autorização dos bombeiros para funcionar, o que levantou questionamentos sobre a segurança e as condições de trabalho dos funcionários. Segundo relatos de trabalhadores e vizinhos, a fábrica operava com turnos estendidos, com alguns colaboradores chegando a dormir nas dependências do estabelecimento.
A abertura do inquérito pelo MPT foi motivada pela gravidade do incidente, que resultou em 21 trabalhadores feridos. Nas investigações, foram constatadas relatos de presença de adolescentes entre os funcionários e indícios de trabalho degradante, evidenciando a necessidade de apurar essas irregularidades.
Além disso, as escolas de samba que concentravam a produção de fantasias na fábrica também serão alvo de cobranças do MPT para prestar assistência aos trabalhadores vítimas do incêndio. O prefeito do Rio de Janeiro garantiu que os desfiles deste ano não terão escolas rebaixadas devido ao ocorrido.
O jornalista e pesquisador do carnaval carioca, Fábio Fabato, criticou as condições de trabalho dos profissionais envolvidos na preparação dos desfiles das escolas de samba, destacando a necessidade de melhorias nas condições de trabalho e na segurança dos trabalhadores envolvidos na produção das fantasias.
A Maximus Ramo Confecções de Vestuário Ltda será notificada para prestar esclarecimentos e apresentar documentos que comprovem a regularização e segurança das operações da empresa. A Agência Brasil buscou contato com a Maximus para obter mais informações, porém não obteve retorno até o momento.