Durante uma entrevista concedida à Rádio Diário FM, de Macapá (AP), Lula ressaltou a importância da realização de pesquisas prévias para verificar a presença de petróleo e a sua quantidade, antes de iniciar a exploração. O presidente destacou a necessidade de uma reunião envolvendo a Casa Civil e o Ibama para autorizar a Petrobras a realizar as pesquisas na região. Lula enfatizou que a Petrobras é uma empresa responsável e com ampla experiência na exploração de petróleo em águas profundas.
A negativa do Ibama em conceder a licença para prospecção marítima na Bacia da Foz do Amazonas em maio de 2023 gerou debates públicos sobre a exploração da região. O órgão alegou preocupações técnicas, como a deficiência no Plano de Proteção à Fauna, para embasar a sua decisão. Por sua vez, Lula assegurou que todas as medidas serão tomadas para evitar impactos ambientais e ressaltou a importância da exploração dos recursos naturais para impulsionar a economia do país.
O Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2024-2028 prevê investimentos significativos na perfuração de poços na Margem Equatorial, abrangendo desde o Amapá até o Rio Grande do Norte. Entretanto, a empresa atualmente possui autorização do Ibama para perfurar apenas dois poços na Bacia Potiguar. O órgão ambiental solicitou à Petrobras novos esclarecimentos em relação ao processo de licenciamento na Foz do Amazonas, com foco na garantia da segurança das operações e na preservação da fauna da região.
Diante do histórico de pesquisas na Margem Equatorial brasileira e da necessidade de aumentar a produção nacional de recursos energéticos, a exploração de novas reservas de petróleo na região se mostra como uma oportunidade importante para o desenvolvimento do país. A descoberta de grandes volumes de petróleo na Bacia Guiana Suriname reforçou o interesse em investir nas investigações das bacias sedimentares, visando garantir a segurança das operações e maximizar a exploração de recursos naturais.
