No primeiro dia da operação, que teve início nesta quarta-feira (12), foram vistorados 19 serviços de estética e em todos eles foram encontradas irregularidades, o que resultou na lavratura de autos de infração. Em algumas clínicas, foram encontradas mais de 300 ampolas de produtos injetáveis em condições de risco à saúde, além de equipamentos médicos que precisaram ser interditados.
A operação também identificou diversas irregularidades, como produtos sem registro para comercialização e uso no Brasil, medicamentos manipulados em grande escala por farmácias, equipamentos descalibrados, reutilização indevida de equipamentos, ausência de controle de temperatura no armazenamento de produtos, entre outros problemas.
Em algumas cidades, como Goiânia e São Paulo, estabelecimentos foram totalmente interditados devido às irregularidades encontradas. Em Belo Horizonte, foram flagrados instrumentos de uso único para microagulhamento da pele sendo reutilizados, com restos aparentes de sangue.
Além disso, em Goiânia, foram encontradas anotações referentes a casos de infecção após procedimentos realizados, sendo um deles por micobactéria. A Agência informou que estes casos não haviam sido notificados ao sistema de saúde público, o que vai contra a legislação que estabelece a notificação compulsória.
A Anvisa ressaltou que produtos sem registro ou manipulados de forma irregular foram encaminhados às autoridades policiais para subsidiar investigações. As empresas autuadas deverão receber penalidades que variam de advertência ao cancelamento de autorização e licença.
Essa operação visa garantir a segurança e saúde dos usuários de clínicas de estética, além de alertar a população sobre os riscos dos procedimentos estéticos realizados em locais irregulares. A Anvisa continuará monitorando e fiscalizando esses estabelecimentos para garantir o cumprimento das normas sanitárias vigentes.