Essa redução foi avaliada pelo Ministério da Saúde como substancial e reflexo de uma mobilização nacional em conjunto com estados e municípios. O Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, lançado pelo Governo Federal em setembro de 2024, tem contribuído para esse resultado positivo.
Entre as unidades federativas, 17 apresentaram redução nos casos de dengue, com maiores quedas registradas no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amapá e Paraná. Por outro lado, dez estados, incluindo Tocantins e Pernambuco, tiveram um aumento nos casos em comparação com o ano anterior.
No que diz respeito à incidência, Acre, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais são os estados com o maior número de casos prováveis por 100 mil habitantes. São Paulo se destaca com 164.463 casos prováveis somente em 2025, um aumento de cerca de 60% em relação ao mesmo período de 2024.
Um fator de preocupação é a presença de casos de infecção pelo sorotipo 3 da dengue, que não era predominante no país há mais de 15 anos. A Organização Pan-Americana da Saúde emitiu um alerta epidemiológico sobre o risco de surtos do sorotipo 3 nas Américas, destacando a importância da vigilância, diagnóstico precoce e gestão clínica para enfrentar um potencial aumento de casos.
Os sorotipos da dengue oferecem imunidade vitalícia apenas contra o sorotipo específico, o que aumenta o risco de formas graves da doença em infecções subsequentes. O ressurgimento do sorotipo 3 levanta preocupações sobre o seu impacto na saúde pública, especialmente em populações que não foram previamente expostas a ele.