Duas prioridades foram destacadas: a cooperação do Sul Global e parcerias para o desenvolvimento social, que se desdobram em seis áreas centrais. Entre elas, estão a cooperação em saúde global, comércio e finanças, mudança do clima, governança de inteligência artificial, reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança e desenvolvimento institucional.
Um dos pontos de destaque é a discussão sobre possíveis mudanças na estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU), uma pauta que o Brasil vem defendendo em diversos fóruns internacionais.
Na área de cooperação em saúde global, o documento menciona a importância do aumento dos investimentos em pesquisa e produção de medicamentos e vacinas. Em relação às finanças, são abordadas questões como a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a agenda de financiamento climático.
Além disso, o texto destaca a necessidade de proteção de dados pessoais e garantia da integridade das informações para o uso ético e responsável das tecnologias de inteligência artificial.
O Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem recebido novos membros nos últimos anos, como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, além de países parceiros como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, entre outros.
A cada ano, um país assume a presidência do bloco e organiza a Cúpula de Chefes de Estado. Em 2025, o evento está previsto para ocorrer no Rio de Janeiro, sob o tema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”.
O documento enfatiza o papel do Brics como um espaço de construção coletiva para encontrar soluções diante dos desafios globais, em meio à crescente instabilidade geopolítica e à fragilidade da ordem multilateral internacional. Este recurso ao unilateralismo e ao extremismo ameaça a estabilidade global e aprofunda as desigualdades em diferentes partes do mundo, impactando as populações mais vulneráveis.