Identificado apenas pelo codinome de “Cigarreira”, o mandante é um homem de 44 anos que, segundo as autoridades, também atua no tráfico na região do Tatuapé, em São Paulo. Para despistar a polícia, ele e seus familiares utilizavam documentos falsos com múltiplas identidades.
O plano do assassinato de Gritzbach foi arquitetado por “Cigarreira” com a ajuda de seu braço direito, conhecido como “Didi”, ambos atualmente foragidos. Gritzbach, réu por homicídio e envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), havia assinado uma delação premiada no ano passado, revelando informações sobre o PCC e acusando policiais de corrupção.
Até o momento, 26 pessoas foram presas no caso, incluindo 17 policiais militares e cinco policiais civis. O principal suspeito de ter atuado como olheiro no dia do crime, Kauê do Amaral Coelho, permanece foragido. A operação realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa resultou na apreensão de celulares e pen drives, além de buscas em um suposto galpão de propriedade de “Cigarreira”.
A delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, afirmou que a investigação está em sua fase final, com provas técnicas e testemunhas que indicam o envolvimento dos acusados. O inquérito policial deve ser entregue ao Ministério Público nas próximas semanas, com pedidos de prisão preventiva dos envolvidos. As intensas investigações resultaram em um desfecho que revela a complexidade e a dimensão do crime organizado no país.