Segundo a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal, a revisão para baixo na projeção do PIB para 2025 se deve, principalmente, à elevação da taxa de juros, à desaceleração da atividade econômica no último trimestre de 2024 e ao cenário externo. Ela ressaltou que a queda na projeção também foi influenciada pela desaceleração mais acentuada da atividade econômica no quarto trimestre de 2024.
No entanto, a subsecretária destacou que a projeção de crescimento de 2,3% inclui a melhora nos resultados do setor agropecuário, devido às boas perspectivas para a safra de 2025. A SPE espera uma desaceleração nos setores da indústria e de serviços, parcialmente compensada pela aceleração da produção agropecuária.
A previsão de crescimento da indústria em 2025 foi revisada para 2,2%, enquanto o ritmo de expansão dos serviços caiu para 1,9%. Já a projeção de crescimento para o setor agropecuário foi mantida em 6%. O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, ressaltou que ainda é cedo para avaliar os impactos da política comercial implementada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no crescimento do Brasil em 2025.
Mello afirmou que, por enquanto, é possível identificar impactos setoriais, mas não macroeconômicos. Ele ressaltou que, caso seja necessário, a política econômica brasileira poderá ser ajustada conforme novas informações sejam disponibilizadas. A incerteza em relação aos cenários futuros mostra a importância de acompanhar de perto os acontecimentos tanto no país quanto no cenário internacional.