O VSR é o principal causador da bronquiolite, uma inflamação nos bronquíolos que pode afetar gravemente crianças com até dois anos de idade, bem como idosos, podendo levar até mesmo à morte. Dados recentes do boletim Infogripe da Fiocruz revelam que neste ano já foram registrados 370 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e oito mortes relacionadas ao VSR.
Os estudos realizados pela fabricante Pfizer com mais de 7 mil gestantes demonstraram que a vacina é 82,4% eficaz na prevenção de casos graves em bebês de até três meses e 70% eficaz até os seis meses de idade. A vacina, aplicada durante a gestação, possibilita que a mãe transmita os anticorpos para o feto, garantido sua proteção desde o nascimento.
A Abrysvo foi aprovada pela Anvisa no ano passado e já está disponível na rede privada de saúde. A recomendação da Pfizer é de uma dose por gestação, administrada entre as 24 e 36 semanas de gravidez. A vacina também pode ser aplicada em idosos, porém a decisão da Conitec não contemplou esse público.
Além da vacina para o VSR, a Conitec também aprovou a incorporação de outra tecnologia, o anticorpo monoclonal nirsevimabe, voltado para bebês prematuros. Diferente das vacinas, esse medicamento já é um defensor pronto para combater agentes infecciosos específicos, sendo indicado para indivíduos com sistema imunológico vulnerável, como os prematuros.
A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, acredita que a nova vacina terá um impacto positivo significativo na saúde infantil, reduzindo a necessidade de internações e mortes relacionadas ao VSR. Ela ressalta que a prevenção é fundamental para evitar complicações a longo prazo, como a asma e outros problemas respiratórios.