O IBGE define como trabalhadores por conta própria aqueles que atuam explorando seu próprio empreendimento, sozinhos ou com sócios, sem a presença de empregados remunerados. Esse grupo representa 25,1% da população ocupada, enquanto os empregados correspondem a 69,5%. Os empregadores e os trabalhadores familiares auxiliares representam, respectivamente, 4,2% e 1,3% da população ocupada.
Apesar de dedicarem mais horas ao trabalho, os profissionais por conta própria são os que recebem o menor rendimento. Enquanto a média de rendimento mensal do brasileiro foi de R$ 3.215 no último trimestre de 2024, os trabalhadores por conta própria tiveram um ganho de R$ 2.682. Em contrapartida, os empregados registraram um salário de R$ 3.105, e os empregadores lideraram a lista, com uma média de R$ 8.240.
Os dados também apontam que os trabalhadores por conta própria em São Paulo são os que mais passam tempo nas atividades, com uma média de 46,9 horas semanais. Em relação aos empregados, aqueles do estado de São Paulo também lideram o ranking, com uma carga semanal de 40,7 horas. Já os empregadores de Santa Catarina são os que mais trabalham semanalmente, com 40,4 horas. Na categoria de trabalhadores familiares auxiliares, os de Santa Catarina dedicam em média 41,6 horas por semana, 48% acima da média nacional.
A pesquisa do IBGE, que avalia o comportamento no mercado de trabalho de pessoas com 14 anos ou mais, revela que o desemprego no país no quarto trimestre de 2024 foi o menor já registrado em 14 estados. Além disso, em oito estados e no Distrito Federal, o salário médio dos trabalhadores ficou acima da média nacional. Por outro lado, o desemprego e a informalidade estão mais presentes entre pessoas pretas e pardas do que entre as brancas.