O Hemocentro de Alagoas (Hemoal) destaca a necessidade de aumentar o número de doadores cadastrados, que atualmente corresponde a 64.613 alagoanos inscritos. A médica hematologista do Hemoal, Verônica Guedes, ressalta a importância desse cadastro devido à miscigenação brasileira, que torna mais difícil encontrar um doador compatível. Para cada 100 mil pessoas cadastradas, apenas uma terá a medula óssea compatível com um receptor. Portanto, é essencial ampliar o registro de doadores para aumentar as chances de encontrar uma compatibilidade.
O processo para se cadastrar como doador voluntário de medula óssea é simples: é necessário estar em boas condições de saúde, ter entre 18 e 35 anos de idade, e se dirigir a uma unidade do Hemoal em Arapiraca ou Maceió, portando documentos como CPF, RG e comprovante de residência. Após o cadastro, o voluntário preencherá um formulário e fará a doação de uma pequena quantidade de sangue para análise genética.
A doação de medula óssea consiste em uma punção na medula óssea, que não deve ser confundida com a coluna vertebral. Após o procedimento, o voluntário pode retomar suas atividades normais após 48 horas, já que é considerado um procedimento simples.
Para ilustrar a importância do cadastro de doadores, o exemplo de Raphael de Oliveira, compatível com a paciente Alice, mostra como uma simples atitude pode salvar vidas. Outro caso é o da adolescente Melissa Luna, que recebeu um transplante de medula óssea e hoje desfruta de boa saúde, graças à doação de um jovem do Canadá.
Portanto, é fundamental conscientizar e incentivar mais pessoas a se cadastrarem como doadores de medula óssea, contribuindo assim para salvar vidas e oferecer esperança a pacientes com leucemia que aguardam por um transplante.
