Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Curitiba e deixou a prisão na sexta-feira (14), passando a cumprir a pena em regime de prisão domiciliar. No entanto, ele foi preso novamente na quinta-feira (13) após o julgamento.
O desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), concedeu um habeas corpus, concordando com a defesa de Guaranho, que alegou problemas de saúde do condenado. Assim, o ex-policial penal voltou para a prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica.
O Ministério Público, por sua vez, recorreu da decisão argumentando que Guaranho possui um “alto grau de belicosidade” e deve permanecer preso conforme a decisão do Tribunal do Júri, ressaltando a soberania dos veredictos do júri popular.
Os promotores também destacaram que o tratamento médico necessário pode ser realizado no estabelecimento prisional, refutando a alegação da defesa de que Guaranho estaria extremamente debilitado. O MP sustentou que o condenado aparece em vídeos da mídia entrando e saindo do fórum e em seu interrogatório no plenário, demonstrando condições de receber atendimento adequado na prisão.
O crime pelo qual Guaranho foi condenado ocorreu em julho de 2022, durante uma festa com temática petista em Foz do Iguaçu, no Paraná. As investigações apontaram que, após provocações de cunho político, houve uma discussão seguida de tiroteio no qual Marcelo Arruda foi morto e Guaranho ficou ferido.
Após se recuperar, Guaranho foi preso e denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado, com a utilização de qualificadoras como produção de perigo e motivo fútil. A batalha judicial continua até que uma decisão final seja alcançada.