BRASIL – Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais é lançada pelo Ministério da Justiça e Febraban em parceria com Polícia Federal

Nesta terça-feira (18), o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) deram um passo importante no combate às fraudes bancárias e digitais ao lançarem a Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais. Com a promessa de aprimorar a parceria com a Polícia Federal, a iniciativa visa tanto à prevenção como à repressão de golpes e crimes cibernéticos.

O surgimento dessa aliança é fruto de um acordo técnico firmado em agosto do ano passado entre o ministério e a Febraban, sendo que a ideia de sua criação foi discutida desde setembro de 2024 por um grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Direitos Digitais da pasta. Além disso, um comitê gestor formado pelo Ministério da Justiça e pela Febraban será responsável por definir as diretrizes da aliança.

Três grupos temáticos foram estabelecidos para traçar estratégias de combate às fraudes bancárias e digitais. Cada grupo corresponde a um tema prioritário definido pelo grupo de trabalho. O primeiro grupo focará no desenvolvimento de boas práticas de prevenção, detecção e resposta, com campanhas de conscientização e investimento na melhoria da identificação de identidade para a abertura de contas online.

Já o segundo grupo buscará aperfeiçoar critérios e protocolos para o compartilhamento e o tratamento de dados, visando melhorar a eficiência da Plataforma Tentáculos, criada pela Febraban e pela Polícia Federal em 2018. Por sua vez, o terceiro grupo terá como objetivo o atendimento às vítimas e a capacitação de agentes, incluindo a centralização de canais de denúncia e a criação de protocolos de atendimento a crimes cibernéticos em delegacias.

Segundo informações do Ministério da Justiça, 36% dos brasileiros foram vítimas de golpes ou tentativas de golpe em fevereiro de 2024, com as pessoas acima de 60 anos sendo as mais vulneráveis. Os crimes mais comuns incluem a clonagem ou a troca de cartões bancários, o golpe da falsa central de cartões e pedidos de dinheiro por suposto conhecido no WhatsApp.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou a importâncias da colaboração entre os setores público e privado no combate aos crimes digitais, ressaltando a necessidade de utilizar inteligência e capacitação técnica nesse processo. Já o presidente da Febraban, Isaac Sidney, comparou o aumento dos crimes pela internet a uma epidemia e enfatizou a importância da articulação entre os diferentes setores da sociedade para enfrentar esse problema.

Além disso, a Febraban destacou iniciativas anteriores para combater o crime digital, como a criação de um laboratório conjunto de segurança cibernética dos bancos. Em 2023, a entidade montou um grupo de repressão com 21 instituições de vários setores da sociedade, resultando em 2,5 mil prisões em ações conjuntas com o poder público. Medidas preventivas, como campanhas de conscientização, também são realizadas pela Febraban para diminuir as tentativas de golpes.

Essa iniciativa é um passo importante na luta contra as fraudes bancárias e digitais no Brasil, mostrando a união de forças entre o governo, as instituições financeiras e diversos setores da sociedade para proteger os cidadãos contra esses crimes cibernéticos cada vez mais frequentes e sofisticados.

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