As tecnologias em questão são o anticorpo monoclonal nirsevimabe, indicado para proteger bebês prematuros e crianças com até 2 anos de idade que possuem comorbidades, e a vacina recombinante contra os vírus sinciciais respiratórios A e B, que é aplicada em gestantes para proteger o bebê nos primeiros meses de vida.
Essas decisões foram tomadas após avaliação durante a 137ª Reunião Ordinária da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), que reconheceu o impacto positivo dessas medidas na prevenção de hospitalizações e óbitos infantis. Segundo o Ministério da Saúde, a estratégia visa reduzir a mortalidade infantil associada ao vírus, através da imunização ativa de gestantes e bebês prematuros.
Estudos apresentados à Conitec mostraram que a vacina para gestantes tem potencial para prevenir cerca de 28 mil internações anuais, protegendo aproximadamente 2 milhões de bebês nos primeiros meses de vida, período mais vulnerável a complicações.
A portaria que oficializa a incorporação destas tecnologias será publicada nos próximos dias, de acordo com a pasta. O nirsevimabe é um anticorpo monoclonal que oferece proteção imediata contra o VSR, sendo especialmente útil para bebês prematuros e crianças com comorbidades. Já a vacina recombinante estimula uma resposta imunológica na mãe, garantindo a proteção do recém-nascido nos primeiros meses de vida.
O VSR é responsável por aproximadamente 80% dos casos de bronquiolite e até 60% dos casos de pneumonia em crianças menores de 2 anos. Entre 2018 e 2024, foram registradas 83.740 internações de bebês prematuros devido a complicações relacionadas ao VSR.
Com a incorporação do nirsevimabe, a expectativa é proteger 300 mil crianças a mais do que o protocolo atual, enquanto a vacina para gestantes tem o potencial de beneficiar cerca de 2 milhões de nascidos vivos. Essas medidas representam um avanço importante na prevenção de complicações causadas pelo VSR em bebês, melhorando a qualidade de vida e reduzindo a morbimortalidade infantil.